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17.9.12

O GRIFO

Este blog “O grifo do Cícero” nasceu da necessidade de expor meus pensamentos e o “ponto de partida” da minha cosmovisão do mundo. Resisti bravamente entrar no “mundo das redes sociais”, mas descobri que estava perdendo uma grande oportunidade de me expor como um ser pensante e dotado de alguma luz para ajudar alguém nos grandes questionamentos da existência.
É óbvio que não sou e nem pretendo ser original. A diferença é: como eu não sou filósofo procuro imitá-los em suas ideias e em seus ideais porque, assim, quem sabe, de tanto imitá-los acabo criando um raciocínio e uma maneira filosófica próprios de pensar o mundo.
O meu background vai desde a empiria dos jônios até ao mundo da ideias de Platão; da ética estóica até as virtudes cristãs; das categorias metafísicas dos sábios como Jesus Cristo, Buda e Confúcio até à experiência definitiva de Moisés, Isaías, Saulo de Tarso, Santo Agostinho e Francisco da Assis com Tremendum et Fascinorum de Rudolf Otto; do ponto zero de Descartes até ao otimismo de Hegel; do pessimismo de Schopenhauer ao realismo de Nietzsch.
Ando pelos caminhos do físico e do metafísico; do reducionismo das categorias científicas ao delírio das religiões para chegar, então, ao homem da pós-modernidade – decepcionado com Deus, descrente que a razão tenha a resposta última da existência e consciente de que a ciência não comporta anseios de sua alma peregrina.
O homem religioso da Idade Média, o homem “ïluminado” da renascença, o homem científico do sec. XX com tudo que conheceu em sua jornada, não encontrou o seu RG mais consistente e satisfatório. Agora, no séc. XXI, ei-lo vazio, volátil, liquido. Suas crenças e valores foram desfeitos pela a infinitude daquilo que na verdade o constitui, Não há mais nada em que se possa apegar. Os dogmas, as normas, os paradigmas não lhe dizem mais nada. A única certeza que ele tem é do agora que de repente já não existe mais.


Cícero Brasil Ferraz

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