Já, há algum tempo, venho analisando neste "blog", os "ismos" que constituímos e, que, ao mesmo tempo, também, nos constituíram. Às vezes o criador, em certa medida, também se torna a criatura; os sistemas e os "ismos" que o homem criou para "escrever" sua história, também se tornou enredo de seu próprio destino. Não somos, em boa medida, filhos da ditadura, da anarquia, da democracia, do socialismo e de tantos outros "ismos" que nós mesmos - via dialética histórica- criamos e, que, por ser assim, também, por eles fomos "criados"?
Quem não é, pelo menos em certa medida, totalitário ou ditador? Não somos, ainda que um pouco, filhos decorrentes do nazismo e do comunismo quando, respectivamente, rejeitamos os "bolivas" (bolivianos que no Brasil residem), e os queremos fora de nosso mundo? Não estamos, por acaso, ainda que veladamente, pugnando por uma "raça pura", por já sermos um "melting pot", e não queremos mais diluição? Não é verdade também que somos um tanto quanto comunistas quando nos separamos - de alguma forma- das classes que julgamos "inferiores", por estarmos a buscar convívio com uma "classe única" e confessando que todos os iguais deveriam ser tão iguais quanto nós?
Vou digredir. Por mais estranho que pareça, não gostaria de tratar sobre os dois temas em epígrafe que, como sistemas, trouxeram em seu bojo, dentro de um contexto etno-histórico específico, esperança e engajamento de um determinado povo num ponto pretérito da história.
Todo sistema - até aquele que sob o qual vivemos hoje- traz tudo que há de bom e de esperança, outrossim, o que há de ruim e desalento. O que sendo assim - e se é assim- vale dizer, se nós conhecêssemos somente o lado "bom", como poderíamos prová-lo como bom, sem o seu antíctone:aquilo que é ruim? ( Só lembrando: não está nos "buracos" do queijo suiço a constituição de sua própria distinção e sabor?). Faz parte do Lebenswelt esse paradoxo, que nunca será uma contradição.
Então:
O Capitalismo (agora entrei no assunto e saí da digressão), como filosofia econômica é o que dita, hodiernamente as normas e calcula a medida de poder dos governantes dos povos. Avaliamos o bom ou mau desempenho deles via resultados econômicos de sua gestão. Então, tendo como verdade a suposição acima, o sistema do governo mundial não é determinada por outros valores senão a Plutocracia.O gráficos econômicos - e não outra coisa- são o que avalia o desempenho do líder de uma nação. A Plutocracia é, por assim dizer, autocrática quando ela- somente ela- pode determinar o humor e até mesmo o destino dos governantes, comerciantes, negociantes e do cidadão comum.A Plutocracia tornou-se uma deusa paradigmática que determina valores e regras para a convivência entre os povos.
Só há um "ismo" pior que o capitalismo selvagem: Seu filho mais velho, o Consumismo. Assim, como qualquer sub-sistema - pois o Consumismo não é um sistema em si, mas produto de um desses muitos que já nos governaram- traz o seu lado glamuroso: Consumir para não se consumir. Ou seja, se não der vazão a essa obsessão, ele nos sucumbirá. Para o Consumismo a felicidade não estar no ter, mas na possibilidade daquilo que se tem ser volátil para se obter mais, com a volúpia de nada possuir. A compulsão que ele provoca é como uma camada de gás que no final, levará ao vazio, ao caos, e por fim, à morte. Como vociferavam os ditadores espanhóis: "Viva à la muerte"! Esta expressão é totalmente contraditória, pois a morte não vive. Este "tanatós" é mais que a morte, é uma anti-vida.
Assim como nas outras ditaduras o Consumismo se impõe soberano sobre a vida: ou você consome ou você não tem direito de viver no nosso sistema. Você só tem direito de viver se morrer de comprar - comprar até morrer; ter de possuir e de comer até morrer. Essa ditadura de uma classe, se tornou potestade única do estado de espírito do escravo consumista do século XXI. Ele não pode viver mais sem aquilo que o coisifica e o deteriora.
As ideologias tatalitárias - e o Consumismo é uma delas - são notáveis pela propensão a condensar o difuso, localizar o indefinido, transformar o incontrolável num alvo ao seu alcance.
O Consumo está acima de comunismo (pureza de classe) ou do nazismo (pureza da raça). Ele busca um estado social totalizado: todos necessitam de consumir - qualquer raça, qualquer classe. Essa ditadura mundial já é - no séc XXI - um poder tão totalitário que, imagino, nada poderá destituí-lo; a não ser que haja uma catástrofe de grandeza universal e, imediatamente, surja uma auto-poese que nos realize como humanidade plena, que nos privilegie com a alteridade diante daqueles consomem para viver e daqueles que vivem para consumir.
Vou digredir. Por mais estranho que pareça, não gostaria de tratar sobre os dois temas em epígrafe que, como sistemas, trouxeram em seu bojo, dentro de um contexto etno-histórico específico, esperança e engajamento de um determinado povo num ponto pretérito da história.
Todo sistema - até aquele que sob o qual vivemos hoje- traz tudo que há de bom e de esperança, outrossim, o que há de ruim e desalento. O que sendo assim - e se é assim- vale dizer, se nós conhecêssemos somente o lado "bom", como poderíamos prová-lo como bom, sem o seu antíctone:aquilo que é ruim? ( Só lembrando: não está nos "buracos" do queijo suiço a constituição de sua própria distinção e sabor?). Faz parte do Lebenswelt esse paradoxo, que nunca será uma contradição.
Então:
O Capitalismo (agora entrei no assunto e saí da digressão), como filosofia econômica é o que dita, hodiernamente as normas e calcula a medida de poder dos governantes dos povos. Avaliamos o bom ou mau desempenho deles via resultados econômicos de sua gestão. Então, tendo como verdade a suposição acima, o sistema do governo mundial não é determinada por outros valores senão a Plutocracia.O gráficos econômicos - e não outra coisa- são o que avalia o desempenho do líder de uma nação. A Plutocracia é, por assim dizer, autocrática quando ela- somente ela- pode determinar o humor e até mesmo o destino dos governantes, comerciantes, negociantes e do cidadão comum.A Plutocracia tornou-se uma deusa paradigmática que determina valores e regras para a convivência entre os povos.
Só há um "ismo" pior que o capitalismo selvagem: Seu filho mais velho, o Consumismo. Assim, como qualquer sub-sistema - pois o Consumismo não é um sistema em si, mas produto de um desses muitos que já nos governaram- traz o seu lado glamuroso: Consumir para não se consumir. Ou seja, se não der vazão a essa obsessão, ele nos sucumbirá. Para o Consumismo a felicidade não estar no ter, mas na possibilidade daquilo que se tem ser volátil para se obter mais, com a volúpia de nada possuir. A compulsão que ele provoca é como uma camada de gás que no final, levará ao vazio, ao caos, e por fim, à morte. Como vociferavam os ditadores espanhóis: "Viva à la muerte"! Esta expressão é totalmente contraditória, pois a morte não vive. Este "tanatós" é mais que a morte, é uma anti-vida.
Assim como nas outras ditaduras o Consumismo se impõe soberano sobre a vida: ou você consome ou você não tem direito de viver no nosso sistema. Você só tem direito de viver se morrer de comprar - comprar até morrer; ter de possuir e de comer até morrer. Essa ditadura de uma classe, se tornou potestade única do estado de espírito do escravo consumista do século XXI. Ele não pode viver mais sem aquilo que o coisifica e o deteriora.
As ideologias tatalitárias - e o Consumismo é uma delas - são notáveis pela propensão a condensar o difuso, localizar o indefinido, transformar o incontrolável num alvo ao seu alcance.
O Consumo está acima de comunismo (pureza de classe) ou do nazismo (pureza da raça). Ele busca um estado social totalizado: todos necessitam de consumir - qualquer raça, qualquer classe. Essa ditadura mundial já é - no séc XXI - um poder tão totalitário que, imagino, nada poderá destituí-lo; a não ser que haja uma catástrofe de grandeza universal e, imediatamente, surja uma auto-poese que nos realize como humanidade plena, que nos privilegie com a alteridade diante daqueles consomem para viver e daqueles que vivem para consumir.
Cícero Brasil Ferraz
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